As vezes eu fico tão cansada de gente.
E me tranco sozinha.
Mas nem assim fico bem.
É que eu também sou gente.
Estou cansada de mim.
Estão todos aqui.
Mas ninguém está em ninguém.
E vamos falando para nós mesmos
que seremos sempre juntos,
um pelo outro.
Mas eu não consegui acreditar.
Só eu não consegui me convencer.
Como é triste não poder estar.
Eu não tenho medo de morrer.
Eu tenho medo de para de pensar.
Para nos juntar,
não podemos nos ver.
Meu quarto é branco demais,
eu não vou te esconder.
Vou me despedaçar
para ser mais que uma.
Eu me sento na terra
e posso ser parte do chão.
Não posso ficar.
Também não tenho como ir.
A dor que me aperta
é a que me consola
e me traz esperança.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
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